Freio ABS-ESP

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O freio ABS ou travão ABS (acrônimo para a expressão alemã Antiblockier-Bremssystem, embora mais frequentemente traduzido para a inglesa Anti-lock Braking System) é um sistema de frenagem (travagem) que evita que a roda bloqueie (quando o pedal de freio é pisado fortemente) e entre em derrapagem, deixando o automóvel sem aderência à pista. Assim, evita-se o descontrole do veículo (permitindo que obstáculos sejam desviados enquanto se freia) e aproveita-se mais o atrito estático, que é maior que o atrito cinético (de deslizamento). A derrapagem é uma das maiores causas ou agravantes de acidentes; na Alemanha, por exemplo, 40% dos acidentes são causados por derrapagens.

História

Os primeiros sistemas ABS foram desenvolvidos inicialmente para a frenagem de aviões, já que nestes o método de frenagem threshold breaking não é possível. Um sistema primitivo foi o sistema desenvolvido por Dunlop, introduzido na década de 1950 e ainda utilizado em alguns modelos de aeronaves, o qual era totalmente mecânico.

O freio ABS atual foi criado pela empresa alemã Bosch, tornando-se disponível para uso em 1978, com o nome “Antiblockiersystem”1 .

A versão atual do sistema (8.0) é eletrônica e pesa menos que 1,5 kg, comparado com os 6,3 kg da versão 2.0, de 1978.

Funcionamento ABS atual é um sistema eletrônico que, utilizando sensores, monitora a rotação de cada roda e a compara com a velocidade do carro. Em uma situação de frenagem de emergência, a força de frenagem aplicada pelo motorista pode ser maior que o pneu pode suportar: a roda trava. O pneu agora não consegue mais transferir nenhuma força de tração lateral. O veículo fica instável e fora de controle, visto que ele não reage mais aos comandos de direção do motorista. Em um veículo equipado com o sistema ABS, os sensores de velocidade da roda medem a velocidade de rotação das rodas e passam essas informações à unidade de controle do ABS. Se a unidade de controle do ABS detectar que uma ou mais rodas tendem a travar, ele intervém em questão de milissegundos, modulando a pressão de frenagem em cada roda individual. Ao fazer isso, o ABS impede que as rodas travem e garante uma frenagem segura: o veículo continua sob controle e estável. Em geral, a distância de parada é reduzida também.

Efetividade do ABS

Em superfícies como asfalto e concreto, tanto secas quando molhadas, a maioria dos carros equipados com ABS são capazes de atingir distâncias de frenagem melhores (menores) do que aqueles que não o possuem. Um motorista experiente sem ABS pode ser capaz de quase reproduzir ou até atingir, através de técnicas como o threshold breaking, o efeito e a performance do carro que possui ABS. Entretanto, para a maioria dos motoristas, o ABS reduz muito a força do impacto ou as chances de se sofrer impactos. A técnica recomendada para motoristas não experientes que possuem um carro com ABS, em uma situação de frenagem completa de emergência, é pressionar o pedal de freio o mais forte possível e, quando necessário, desviar dos obstáculos. Com freios normais, o motorista não pode desviar de obstáculos enquanto freia, já que as rodas estarão travadas. Dessa maneira, o ABS irá reduzir significativamente as chances de derrapagem e uma subseqüente perda de controle.

Em pedregulhos e neve forte, o ABS tende a aumentar a distância de frenagem. Nessas superfícies, as rodas travadas escavam o solo e param o veículo mais rapidamente. O ABS impede que isso ocorra. Algumas calibragens de ABS reduzem esse problema por diminuir o tempo de ciclagem, deixando as rodas rapidamente travar e destravar. O benefício primário do ABS nessas superfícies é aumentar a capacidade do motorista em manter o controle do carro em vez de derrapar, embora a perda de controle seja por vezes melhor em superfícies mais suaves como pedregulhos e deslizantes como neve ou gelo. Em uma superfície muito deslizante como gelo ou pedregulhos é possível que se trave todas as rodas imediatamente, e isso pode ser melhor que o ABS (que depende da detecção da derrapagem de cada roda individualmente). A existência do ABS não deve intimidar os motoristas a aprender a técnica do threshold breaking.

 

Distância de frenagem de 80 a 0 km/h:

 

rodas travadas

ABS

superfície seca

60 m 47 m

neve

79 m 68 m

gelo

419 m 270 m

Note, entretanto, que essa comparação é de certa forma simplista. Um bom motorista com um sistema de frenagem bem projetado, feito para minimizar as possibilidades de travamento acidental das rodas durante uma parada imediata, se sairá melhor do que o apresentado.

Quando ativado, o ABS faz com que o pedal de freio pulse notavelmente. Como a maioria dos motoristas raramente ou nunca freou forte o suficiente para causar o travamento das rodas, e um número significante raramente se importa em ler o manual do carro, essa característica pode ser descoberta só no momento da emergência. Quando os motoristas se defrontam com a emergência que faz com que freiem forte e consequentemente enfrentam a pulsação do pedal pela primeira vez, muitos estranham e diminuem a pressão do pedal, consequentemente aumentando as distâncias de frenagem, contribuindo muitas vezes para um número de acidentes maior do que a habilidade especial do ABS seria capaz de reduzir. Alguns fabricantes implementaram então sistemas de avaliação de frenagem que determinam se o motorista está tentando fazer uma frenagem de emergência e mantêm a força nesta situação. Apesar de tudo, o ABS pode significativamente melhorar a segurança e o controle dos motoristas sobre o carro em situações de trânsito se eles souberem que não devem soltar o pedal quando o sentir pulsar, graças ao ABS.

 

ESP

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Assim como os freios antitravamento (ABS) e o controle de tração, o controle eletrônico de estabilidade é também um grande auxílio para os motoristas em situações de difícil controle do veículo, pois consegue-se estabilizar o carro mesmo em situações extremas. Sua primeira avaliação foi na superfície de um lago congelado, em 1995. Os especialistas, ao testarem o carro equipado com o revolucionário sistema, ficaram impressionados com a dirigibilidade apresentada pelo automóvel, mesmo com a quase inexistente aderência entre os pneus e o gelo.

O segredo do sistema é, basicamente, uma central eletrônica que faz a análise constante dos sinais enviados por sensores instalados em diversas partes do veículo, tendo como exemplo o sensor de rotação do eixo longitudinal do carro, que verifica um princípio de derrapagem.

Ao ser detectada a iminência de instabilidade, o programa reage acionando, seletivamente, os freios de rodas dianteiras ou traseiras, direitas ou esquerdas, de acordo com a situação. Se necessário, reduz o torque enviado às rodas de tração. Em uma fração de segundo — ou seja, muito mais rápido que um piloto de Fórmula 1 conseguiria –, o controle de estabilidade devolve o carro a sua trajetória pretendida.